PAPEL DOS CENTROS E NÚCLEOS

Os Centros e Núcleos continuam sendo ainda hoje espaços que permitem relações entre áreas naturalmente separadas na Universidade, facilitando e potencializando os contatos entre domínios diferentes.

Em meados da década de 1980, a UNICAMP foi uma das universidades brasileiras pioneiras na criação de Centros e Núcleos, com objetivo de atuações pluridisciplinares e em sintonia com o setor produtivo, permitindo uma ação mais próxima à sociedade. Os Centros e Núcleos continuam sendo ainda hoje espaços que permitem relações entre áreas naturalmente separadas na Universidade, facilitando e potencializando os contatos entre domínios diferentes.

Atualmente, a qualidade científica dos trabalhos desenvolvidos nos Centros e Núcleos, aliada ao desempenho social, gera conhecimento e ao mesmo tempo permite a sua utilização pela sociedade e pelo setor produtivo.

A LIGAÇÃO COM O COCEN

A partir de 1998, durante a gestão do professor Hermano Tavares junto à reitoria, os Centros e Núcleos da UNICAMP passaram a contar com um órgão especial para a sua organização, a Coordenadoria dos Centros e Núcleos – COCEN – tendo como primeira coordenadora a professora Ítala D’Ottaviano, do Centro de Lógica da UNICAMP.

A COCEN atualmente abriga 22 Centros e Núcleos que são muito diferentes entre si, incluindo desde Centros que realizam pesquisa pluridisciplinares, como o CPQBA, até Centros que estudam questões bastante específicas.

A vivência cotidiana próxima aos valores, desafios e dificuldades experimentados pelos Centros e Núcleos de pesquisa da Universidade, e em especial, o CPQBA, resultou em uma primeira constatação: estes órgãos da Universidade careciam, em sua maioria, de normas e de formas de avaliação específicas.

Em um estudo realizado no final da década de 1990, constatou-se que a UNICAMP chegou a possuir 40 órgãos e Núcleos de pesquisa, alguns dos quais desestruturados e sem delineamento, fazendo com que os mesmos fossem desativados.

Naquele período, o CPQBA já havia desenvolvido uma tradição em pesquisas relacionadas especificamente com produtos naturais, além de contar também com uma grande participação de vários docentes dos Institutos de Química e Biologia, além da atuação de experientes pesquisadores contratados junto ao próprio Centro.

Entretanto, apesar da qualidade em pesquisa consolidada em sua primeira década de existência, o CPQBA acabou desenvolvendo o seu processo de institucionalização apenas no final da década de 1990, com a readequação do seu regimento interno.

Esta iniciativa tomada em conjunto com os coordenadores e pesquisadores do Centro, durante a diretoria do professor João Alexandre Ferreira da Rocha Pereira, resultou na elaboração de uma proposta de regimento interno que foi enviada ao COCEN e posteriormente aprovada.

“O CPQBA nos havia mandado uma proposta de Regimento Interno muito específica, interessante e original. Por exemplo, este foi o único Centro a se organizar internamente em Divisões, de acordo com suas características próprias de pesquisa”, relembra a primeira coordenadora da COCEN, professora Ítala D’Ottaviano.

Outro ponto considerado importante para a estruturação do CPQBA e o consequente aumento em pesquisa e prestação de serviços vivenciados no Centro nos últimos anos, estava associado a uma melhor definição nas carreiras dos pesquisadores e também na aproximação das atividades dos mesmos junto a Institutos da UNICAMP.

DIFUSÃO DO CONHECIMENTO

Outro sério desafio da Universidade, em relação aos seus Centros e Núcleos, é o de abrir caminhos para que o conhecimento científico neles produzido possa também ser difundido para as unidades de ensino, empresas, indústrias, profissionais e demais interessados.

“Em geral, as mudanças científicas costumam acontecer em um ritmo mais rápido e tem maior impacto do que a maneira de funcionar da Universidade, que em geral é mais lenta. Acredito que estas contribuições possam crescer mais, pensando-se em novas maneiras de interagir entre os Centros e Núcleos e as unidades de ensino”, sugere o Prof. Dr. Eduardo Guimarães, ex-coordenador da COCEN.

AS CARACTERÍSTICAS DIFERENCIAIS DO CPQBA

Entre as características mais conhecidas e marcantes do CPQBA, segundo a visão do Prof. Dr. Jorge Ruben Biton Tapia, ex-coordenador da COCEN, destacam-se a pluridisciplinaridade, a qualidade do trabalho desenvolvido e o número de patentes registradas nos últimos anos. Estes números indicam que o Centro, assim como os demais Centros e Núcleos da UNICAMP, têm desempenhado o importante papel de constituir espaços diferentes dos institutos e faculdades, desenvolvendo atividades complementares.

“O CPQBA poderá produzir mudanças no cenário nacional e internacional, por atuar em uma área de grande importância. Acredito que as perspectivas para a ação futura do CPQBA sejam as melhores”, contextualiza o professor Eduardo Guimarães.

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